Era uma vez uma menina pequena, mas com sonhos grandes. Sonhava em tocas as nuvens, o céu. Sonhava com coisas pequenas que traziam felicidade de uma forma quase instantânea, se é que a felicidade existia. Era confusa e cheia de dúvidas - sobre a vida, sobre o amor, sobre o tempo e sobre o que vestir. Quem a vê de longe supõe que seja mais uma dessas garotas efusivas, daquelas que falam demais, riem demais, amam demais, sorri demais. Mas poucos sabiam do seu lado insônia na madrugada de quinta-feira. Aquele lado meio poeta, meio perdido. Gostava de olhar a lua e as estrelas. Gostava do cheiro de chuva e de ouvir as gotas pingando na janela, de desenhar no vidro úmido. Rasbicava papéis, fotografava o céu. As vezes ainda dava de cantar, e cantava. Mesmo com a voz aguda e chamativa que tinha, cantava e se imaginava em um musical em Nova Iorque. Pensava em escrever um livro somente com histórias reais, daquelas em que você lê soltando suspiros ou lágrimas.
Não sabia se controlar, era impulsiva e explosiva. Agia por momento, mesmo que depois se arrependesse. Depois de tanto pensar, de tanto procurar rótulos e definições para tudo que fazia e pensava, a insônia foi embora.
Vemk inspiração, volta pra mim!
Acho, que cada pessoa tem, seu momento, e dias de insônia.
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