domingo, 18 de outubro de 2009


Era dia dos namorados.
Ele sozinho, ela também - decidiram se ver.
Parece algo clichê, mas o que aconteceu logo de cara não propõe o final que a história realmente teve.
Não eram amigos, amizade talvez fosse um sentimento muito complexo para definir a relação entre os dois. Eram meros conhecidos, se viam de vez em quando, só de passagem. Outras vezes ouviam falar um do outro, nada concreto e muito menos sentimental. Quanto a opinião que um tinha sobre o outro, bem, não era bem formada...
Mas voltando ao 12 de junho daquele ano, era uma noite quente. Resolveram sair para beber, algo nada romântico (e nem era para ser). Acabaram encontrando alguns amigos em um bar e por ali ficaram. Entre cervejas e cigarros, alguns casais se formaram e, outros já formados, se beijavam apaixonadamente. Ele olhou pra ela. Ela retribuiu o olhar. Resolveram sair para andar pelo parque ali perto, só com aquela troca de olhares.
Andaram em silêncio, apesar de no fundo terem muito a dizer um para o outro. As horas passavam e, embora continuassem a andar sem se quer trocar uma única palavra, cansaram do silêncio.
- Quer ir para a minha casa?
Ela quebrou o silêncio. Talvez essa não fosse a frase mais adequada, mas foi exatamente isso que ele esperava ouvir.
- Eu adoraria.
E foram. Ela abriu a porta, ele entrou. Fechou a porta e, ao se virar, foi surpreendida com um beijo. Doce, da forma como ela imaginava ser os lábios dele. Olhou nos olhos do rapaz, talvez ele não fosse mesmo um mero conhecido.
Voltaram a se beijar, dessa vez, não mais como duas pessoas que mal sabiam da existencia uma da outra.

2 comentários:

  1. Ameii ♥

    Aii sua narração tah perfeita o texto super bem construído. Imaginei a cena toda, meu Deus!

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  2. Não acredito que o amor construa-se assim tão rapidamente. Entretanto, você tem uma boa narrativa, apesar de simples.

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