sábado, 24 de outubro de 2009


Eu desci pelo elevador lembrando que aquelas paredes já viram e ouviram muitas coisas sobre nós: brigas, declarações, beijos ardentes e pervertidos. Ao sair do ap e olhar para aquela rua, foi como se revivesse a noite em que chovia forte e nós nos beijamos entre os pingos de chuva, depois de uma briga que durou exatas 23 horas. Nós nunca conseguíamos passar muito tempo um sem o outro... A angústia ainda tomava conta do meu peito, eu havia me arrependido e isso era fato, mas era orgulhosa demais para voltar atrás. Em um momento, meus passos largos deram lugar a algo mais rápido, algo como uma corrida em direção a lugar algum. Foi quando eu avistei aquele parque em que passávamos os finais de tarde.
O cansaço começava a se manifestar no momento em que me joguei na grama fofa e fiquei deitada observando as nuvens: era um dos nossos programas favoritos, apesar de simples. Revirei de um lado ao outro, até quando resolvi lhe escrever essa carta.
Sabe, nesses dois dias que se sucederam á nossa separação, eu passei todos os segundos tentando reacender aquela chama que eu senti apagada. Mas de nada adiantou, eu continuo fiél em minha decisão de te tirar para sempre da minha vida.
Passe em casa qualquer dia desses, aquela sua camisa, apesar de molhada com minhas lágrimas, continua lá.
Ps: último texto dos 'O que sobrou da nossa canção'. Não gostei, hihi.

4 comentários:

  1. muuito liindo o texto, amei
    e como ja disse, amei teu blog!

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  2. Quando o limite chega é difícil tentar resgatar alguma coisa do que vivemos. Seguir em frente é o correto. Gostei do texto, ótimo.

    http://yas.carly.zip.net/

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  3. Soh vou dizer q amei (de novo ♥), fazendo coro com os comments acima. É soh isso q podemos dizer dos teus textos. Fazer o q neh? rsrs

    Bjo

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  4. Ah ficou lindo!Texto lindo!Ela está seguindo em frente,mesmo lembrando das coisas que já viveu...Me identifico e muito com isso!*.*

    Bjs!

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