domingo, 9 de agosto de 2009

Quase-pai.

Quando eu nasci eu já não tinha pai - fui criada pela minha mãe, minha tia e meus avós. Nunca soube o que é dar um presente no dia dos pais, o que é a convivencia com alguém do sexo masculino.
Quando fiz 6 anos minha mãe resolveu se casar. Não foi uma surpresa para mim, mas eu imaginava como seria ter um quase-pai, alguém que ia me criar dali pra frente. Ela se casou, viviamos os 3 em uma casa, até que um dia eu deixei de chama-lo pelo nome e passei a chama-lo de pai, afinal, era ele que cumpria todas as obrigações como tal.
Ele fazia graças pra eu aprender a escovar os dentes, ele brincava comigo, me colocava nas costas... Eu me lembro até hoje do dia que meu quarto quase pegou fogo e ele acordou de madrugada e me 'salvou'. Toda vez que eles brigavam, era pra ele que eu escrevia uma cartinha coloridinha pedindo pra eles pararem de brigar porque eu não queria que ele fosse embora. Até hoje, ele deve guardar umas 20 cartinhas dessas...
Os anos passaram, e há 2 anos atrás ele foi embora de casa. Passou a morar a uns bairros da minha casa, mas eu nunca perdi o carinho que eu sinto por ele. Foi ele quem me criou, quem em ensinou o que era certo e errado, e é ele quem eu considero meu pai. Visito ele sempre que posso, ainda brigamos as vezes. Ele não gosta dos meus piercings, eu não gosto da implicancia dele. Ele acha que eu gosto mais de uma banda do que dele, e eu acho que é puro ciúmes.
Mas a gente nunca deixou de lado o que foi crescendo aos poucos: o amor de pai e filha.
Feliz dia dos pais, 'papai'.

Pauta para o Post It.

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