Passos largos, braços cruzados, soluços intercalados com grandes e salgadas lágrimas. Poças de água, um silencio quase que mortal e um coração partido que jurava ter perdido sua parte mais importante. O caminho acabou sendo mais longo do que de costume, as mãos que antes se seguravam de forma tão segura, agora se encontravam tão distantes… Atravessaram a rua. O cruzamento entre os carros não era nada convidativo, mas foi ali que aconteceu o abraço mais aconchegante de todos. Seu coração poderia bater novamente: estava tudo bem.
- Para de chorar, por favor.
-Não faz mais isso comigo. Dói tanto.
As lágrimas eram involuntárias e parece que a cada palavra, a cada milésimo se segundo em que o abraço se tornava mais apertado, elas caíam mais e mais, ainda maiores e sentidas. Ela levantou os olhos vermelhos e com borrados de maquiagem e observou por um instânte aquele no qual era o motivo de suas lágrimas, de seus sorrisos, de seus sonhos, de tudo. Nunca fez e nunca fará sentido continuar sem acordar todas as manhãs com a certeza daquele abraço e daquele olhar terno, infinito que só ele tem. As palavras saíram devagar, com uma voz ainda rouca depois de tantas lágrimas, mas não deixaram de ter seu impacto
- Eu te amo
quarta-feira, 21 de abril de 2010
Eu digitei os números no telefone com as mãos tremulas. Pensei 9 vezes antes de apertar o botão verde do telefone. Foi. Cada toque do telefone chamando fazia meu coração disparar e o intervalo entre eles parecia uma eternidade. Atendeu. Aquela voz no telefone, entrando pelos meus ouvidos mudava algo em mim; de repente meu coração desacelerava, minhas pernas ficavam tremulas e meu estômago mais parecia com um borboletário agitado. 10 minutos de conversa passaram tão rápido, que na hora de me despedir era como quando nos víamos: doía como se fosse uma despedida eterna, por mais que 2 dias depois nos encontrássemos novamente.
Desliguei o telefone, e talvez desliguei uma parte de mim junto - aquela parte preocupada e aflita que antes me corroía, agora dava lugar aos mais belos e reais devaneios.
Desliguei o telefone, e talvez desliguei uma parte de mim junto - aquela parte preocupada e aflita que antes me corroía, agora dava lugar aos mais belos e reais devaneios.
segunda-feira, 5 de abril de 2010
When it rains
A chuva caía la fora. Não era novidade, verão, fim de tarde... Mas me trazia lembranças. Lembranças de um tempo que talvez tenha ficado para trás ou nem tenha acontecido ainda. Foi tão pouco mas ao mesmo tempo tão intenso. Foi tão ingenuo mas ao mesmo tempo tão marcante. Eu esperaria mais 5 meses, mais 5 anos se fossem necessários. Mas, nesse momento, eu não quero esperar. Eu não quero mais essa chuva caindo que só me traz lembranças e não o que eu preciso de volta. E o que eu preciso não é você... É a sua presença. São suas palavras, seus gestos, é o conjunto todo do que forma a pessoa mais encantadora que eu já vi. Podem encontrar tantas definições pra você, definições ruins, mas eu sei que por trás disso existe um alguém que poucos tem a oportunidade de conhecer, e fico feliz em estar inclusa nesses poucos.
Espero que a chuva passe. Que a calmaria venha.
E logo.
Espero que a chuva passe. Que a calmaria venha.
E logo.
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